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Livros - Editora do INEAF

Publicado: Segunda, 16 de Abril de 2018, 14h23 | Última atualização em Quarta, 03 de Abril de 2024, 16h38 | Acessos: 6011

NOVO LANÇAMENTO

Ter de onde partir: uma experiência agroecológica no MST-PA


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Esse livro, sobre a primeira experiência agroecológica do MST no Pará, é o resgate da luta e memória do mestre Mamede, e é continuidade de um projeto político que se constrói todos os dias pelas mãos da Assentada e militante do MST, dona Teo.

Viver na Terra dos Babaçuais: cartas entre um frade franciscano e seus irmãos e irmãs no Vale do Mearim (1983-2023)


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“Essas cartas circularam em terras de babaçuais, escritas por mãos calejadas pela lida na roça, passando entre dedos forjados pela quebra do coco, lidas à luz de lamparinas.(...) Naqueles anos, povoados no vale do Mearim já contavam com respeitadas figuras: o escrevedor de cartas e o mensageiro, pois a informação correta e o destino garantido eram bens vitais à tradição, que construiu e fertilizou o movimento. (...) As cartas falam de um tempo passado, mas também presente nos homens e mulheres comuns que continuam a construir o movimento social no vale do Mearim”.

Viver o Verde: novas solidariedades entre produtores e consumidores da agricultura ecológica na Alemanha

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Nossa expectativa é de que esta publicação incentive o debate e as ações voltadas para a soberania e a segurança alimentar e nutricional mediante a construção de iniciativas e de capacidades para transformar sistemas agroalimentares.

Ao longo de suas páginas, o leitor encontra narrativas instigantes, que apontam tendências inovadoras na produção e na comercialização de alimentos em algumas regiões da Alemanha, em particular aquelas que compuseram, até 1989, o lado Oriental, que experimentou os esforços de implantação de um regime socialista. São apresentados casos de produção realizada por agricultores de um novo tipo, de origem urbana, que se voltam para o cultivo de alimentos regionais, sem insumos químicos, vendidos a grupos de consumidores, principalmente de setores das classes médias, que apostam num estilo de vida mais saudável, integrados por meio de grupos solidários. O fundamento dessas relações é o princípio ético de confiança e solidariedade entre produtores e consumidores, que se contrapõe ao modelo industrial de produção de alimentos.

Como apontam os/as autores/as, são grupos que inovam em termos de organização social e produtiva, e, ao mesmo tempo, enfrentam desafios como a volatilidade dos mercados, a excessiva burocracia e os custos das certificadoras para a permissão de vender os produtos como ecológicos.

A publicação destina-se a todas as pessoas que têm interesse na produção ecológica e na alimentação saudável, entre as quais agricultores e suas organizações representativas, lideranças, técnicos da extensão e assistência técnica e de Organizações Não Governamentais (ONGs), pesquisadores e demais interessados.

Socioantropologia de Povos e Comunidades Tradicionais Costeiras e Ribeirinhas

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Com muita alegria, anunciamos a divulgação do livro “Socioantropologia de Povos e Comunidades Tradicionais Costeiras e Ribeirinhas”, publicado pela Editora Ineaf/UFPA, e organizado pelos professores Flávio Bezerra Barros (UFPA/Unemat), Francisca de Souza Miller (UFRN) e Cristiano Wellington Noberto Ramalho (UFPE). A iniciativa é fruto do GT 46 “Antropologia de Povos e Comunidades Tradicionais Costeiras e Ribeirinhas”, ocorrido durante a 6a Reunião Equatorial de Antropologia, em Salvador/BA, entre 9 e 12 de dezembro de 2019. O livro conta com 9 capítulos inéditos, versando sobre diversos contextos socioantropológicos em torno dos povos das águas, tanto do litoral como do interior do Brasil, e uma contribuição de Cabo Verde, África. Os textos versam sobre os mais distintos temas de interesse das ciências sociais e humanas, como gênero, memória, saberes e práticas de pescadores e pescadoras artesanais, conflitos sociais, turismo de base comunitária, estoques pesqueiros, dentre outros.


Vida e trabalho:
 um estudo sobre mulheres extrativistas de mangaba na ilha do Marajó, Estado do Pará, constitui um belo trabalho realizado por Bianca Ferreira Lima na Vila Paca em Salvaterra, a “princesinha do Marajó”.

Ao longo da sua história, Bianca Ferreira tem procurado incessantemente entender e explicar a (in)visibilidade do papel da mulher, à qual se opõe. Para isso, ela não hesitou em mergulhar nas histórias de vida de mulheres cujas trajetórias são pontuadas por idas e vindas: embaladas com o sonho de uma vida melhor, muitas migram na juventude para Belém, a capital do Estado do Pará, onde as tentativas de conciliação entre o trabalho assalariado como empregadas domésticas, o estudo e, às vezes, a gravidez precoce e inesperada nem sempre são bem-sucedidas, o que as força a retornar para o lugar da família.
Em seus lugares de origem, dedicam-se a um conjunto de atividades, e Bianca escolheu o extrativismo da mangaba para ilustrar o seu dia a dia, repleto de afazeres que garantem a sobrevivência dos que delas descendem. Como em outras comunidades rurais, as mulheres predominam na chefia domiciliar, tendo de compatibilizar as atividades da esfera doméstica com o extrativismo, a agricultura de aprovisionamento e o eventual assalariamento no verão. Para além do trabalho, a análise de Bianca revela as trajetórias pessoais e familiares dessas mulheres, a sua luta pelo acesso aos recursos naturais contra os que chegavam de fora e tentavam expropriá-las, a vida cotidiana na comunidade e os processos de constituição de identidades nos quais a liberdade de ir e vir subjaz como elemento essencial. Essas idas e vindas ganham cor e forma no discurso impresso nas páginas do livro de Bianca Ferreira.
O estudo de Bianca Ferreira é uma interessante reflexão sobre o lugar do extrativismo e das mulheres extrativistas na sociedade contemporânea, destacando a gestão local dos recursos naturais, essencial para a reprodução social de grupos e a conservação da biodiversidade. A autora consegue traduzir anseios e tensões vivenciadas pelas extrativistas no exercício cotidiano de múltiplas atividades, ritmado pelo tempo e pelo espaço.
Creio que a maior riqueza do livro está na equilibrada combinação de reflexão teórica e de pesquisa empírica. Categorias analíticas como extrativismo, trabalho e gênero estão no centro das reflexões, aliadas a um trabalho empírico cuidadoso. O resultado é a compreensão da rede de relações sociais que se tecem na comunidade estudada.
Ainda que tenha enfatizado a construção da visibilidade social das mulheres, Bianca Ferreira não se dá por satisfeita e lança desafios, afirmando “que ainda há muito que se estudar e se fazer quando o tema abarca o extrativismo da mangaba na região Norte do país, a exemplo das relações de gênero e da problemática do reconhecimento do papel da mulher em situação de vulnerabilidade social frente à exclusão de políticas e programas que não consideram suas demandas”.
Por fim, a autora destaca a urgência do reconhecimento de modos de vida culturalmente diferenciados – aquilo que seria o alicerce da construção de novas relações sociais, nas quais homens e mulheres possam autodefinir-se e questionar as categorias de classificação impostas por terceiros.
Bianca Ferreira brinda-nos, assim, com uma obra que alimentará o debate tanto acadêmico quanto político. O livro é, portanto, uma contribuição sensível, competente e original sobre as mulheres extrativistas em suas comunidades tradicionais no Norte do Brasil na contemporaneidade.


Prof.ª Dr.ª Dalva Maria da Mota
Pesquisadora da EMBRAPA Amazônia Oriental
Docente do Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas

Esse livro, sobre a primeira experiência agroecológica do MST no Pará, é o resgate da luta e memória do mestre Mamede, e é continuidade de um projeto político que se constrói todos os dias pelas mãos da Assentada e militante do MST, dona Teo.

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