O Ineaf promove debate sobre defesa de direitos e projetos de infraestrutura, a partir de experiência de Monitoramento Ambiental e Territorial Independente da Volta Grande do Xingu (MATI)
No último dia 18 de março, o Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares (Ineaf) recebeu uma roda de conversa para apresentar e debater a experiência do projeto de Monitoramento Ambiental e Territorial Independente da Volta Grande do Xingu (Mati) em conjunto com representantes de movimentos sociais de Belém e do baixo Tocantins. O evento constituiu uma troca de experiência sobre instrumentos, estratégias e processos de luta de povos indígenas, tradicionais e camponeses frente à violação de direitos ensejada por grandes obras de infraestrutura.
Além de professores e estudantes de graduação e pós-graduação do instituto, o debate contou com a participação de representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Comunidade Extrativista Pirocaba, de Abaetetuba, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e do Centro de Cultura Libertária da Amazônia (CCLA).
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O Mati registra, desde 2013, as alterações causadas pelo desvio das águas do rio Xingu para movimentar as turbinas da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Com o desvio, a vazão do rio diminuiu drasticamente, provocando impactos socioambientais que afetam várias formas de vida da região. O projeto reúne indígenas do povo Yudjá, ribeirinhos e pesquisadores de diversas universidades, que usam diferentes métodos de produção de dados, estabelecendo diálogo entre conhecimentos tradicionais e científicos. Os resultados são usados para dar visibilidade aos problemas, embasar denúncias junto aos órgãos de fiscalização e ao Ministério Público Federal e subsidiar a construção de planos de viabilidade econômica e sustentabilidade ambiental.
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A iniciativa da roda de conversa foi promovida pelo Grupo de Pesquisa Sociedades, Ambiente, Ação Pública, pelo Programa de Pós-graduação em Agriculturas Amazônicas (PPGAA/Ineaf), pela Associação Yudja Mïratu da Volta Grande do Xingu (Aymïx) e pelo Instituto Socioambiental (ISA). Para mais informações sobre o Mati, acompanhar o perfil https://www.instagram.com/mati.xingu.
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